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Livro: O Poder Sobrenatural da Fé - Bispo Macedo

O livro mostra a base da teoria do Bispo Macedo sobre a Fé. Um livro fascinante para aqueles que acreditam que Deus age com seu poder sobrenatural.

Nota: 5/5

Capítulo 1: A Palavra que Produz Morte
"fé é certeza de coisas que se esperam, não de coisas que se sentem!" p. 31

"As circunstâncias de fé produzem milagres e vida; as de desespero, porém, desastre e morte. Quem deseja praticar e desenvolver sua fé precisa se excluir dos ambientes contrários a ela. Podemos verificar isso claramente dentro da nossa própria casa, quando os familiares não pertencem à família da fé. Quase sempre estão sendo instrumentos do diabo para tentar desestimular a fé do verdadeiro cristão, através de cobranças absurdas. Este, quase nunca pode corresponder à altura, tendo em vista que o ambiente é absolutamente contrário a qualquer manifestação do poder de Deus." P. 33 (grifo meu)

"Da mesma forma pela qual a fé é uma arma poderosíssima para construir, também o medo o é para destruir; assim como a fé é um sintoma do sucesso, o medo é do fracasso.

O medo é uma forte manifestação de fé negativa. A pessoa tem medo pela certeza de que seus receios se tornarão realidade. Isso é fé, embora num sentido totalmente contrário à fé cristã. Da mesma forma pela qual Deus, através do Seu Espírito, alimenta a fé cristã no seguidor do Seu Filho, também o diabo, através dos seus espíritos imundos e enganadores, alimenta a fé negativa ou o medo no coração daqueles que têm rejeitado a genuína fé cristã." P. 34

"Nesse aspecto, é preciso ter muito cuidado, porque o diabo não vai usar pessoas às quais não damos crédito; ao contrário, usará aquelas mais chegadas a nós, quem tanto amamos e confiamos. Por isso, é preciso estar alerta o tempo todo, para não permitir que o medo ou o receio nasça dentro dos nossos corações, produzindo o tormento e a morte." P. 34

"O apóstolo Tiago aconselha: “Sujeitai-vos, portanto, á Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7).

Essa resistência não deve ser demonstrada apenas quando o demônio se manifestar, porém muito mais quando os pensamentos contrários à fé aparecerem. Quando o medo sobrevier, há que se enfrentá-lo com palavras de fé e segurança nas promessas dAquele que é maior e habita dentro de nossos corações." P. 35 (grifo meu)


"A Bíblia é comparável ao maná que Deus fez descer sobre o Seu povo no deserto; cada família tinha o direito de colher apenas o necessário para aquele dia. Se, por acaso, quisesse reservar para os dias subsequentes, ele apodrecia. Assim também é a Palavra de Deus: ela é o pão do Céu, para alimentar todos os fihos de Deus, dia após dia. Não devemos e nem podemos querer reservar para o futuro o pão nosso de cada dia." P. 38

Capítulo 2: A Palavra que Produz Vida
"O coração cheio de preocupações é o principal motivo pelo qual as pessoas possessas por espíritos imundos demoram a se libertar. Temos ensinado constantemente a esse respeito, mas ainda assim as pessoas custam a se verem livres de suas preocupações. Quando conseguem chegar ao ponto de não ficarem mais ansiosas, os demônios não podem mais resistir à fé que elas possuem e vão embora definitivamente.

A preocupação anula totalmente a ação da fé. Se a pessoa demonstra ansiedade, é porque não está confiante; a fé não está em evidência. Este é o motivo da sua fraqueza e debilidade. A ansiedade consegue enfraquecer o ser humano e, ao mesmo tempo, fortalece os espíritos que, por acaso, estejam agindo nele. Foi por isso que o Senhor Jesus falou: “Não andeis ansiosos pela vossa vida” (Mateus 6.25)." P. 48 (grifo meu)

"Temos nos apoiado muito naquilo que a nossa mente testifica com o nosso espírito como sendo verdade, e não um fato! Não temos visto muitos milagres hoje, e também não temos alcançado respostas às nossas orações porque ainda não tomamos posse da Palavra de Deus, com plena certeza de fé. Simplesmente acreditamos nela da mesma forma que acreditamos em qualquer outro livro de histórias.

Acreditar em Deus é um fato muito comum e não implica em nenhuma tomada de posição; basta acreditar e mais nada. Da mesma forma também se poderia não acreditar e pronto! Acreditar em Deus não é garantia de vida eterna, ou mesmo das bênçãos concernentes aos Seus filhos, não! Todas as Suas bênçãos vêm somente através da fé; da certeza de que Ele cumprirá tudo aquilo que prometeu na Sua Palavra! A fé é a certeza de coisas que se esperam; não a certeza de algo que é verdade.

Quando alguém acredita em algo é porque foi muito bem informado a respeito. O cientista, por exemplo, acredita numa nova fórmula; porém, enquanto não fizer realmente uma experiência, sua nova fórmula ficará sem utilidade.

Acreditar é nada mais do que uma teoria, enquanto ter certeza está muito além do simples crédito que se dá a alguma coisa. Acreditar é o primeiro degrau para chegar ao topo da plena certeza. Por outro lado, a certeza significa o resultado real daquilo em que se acreditava, ou seja, enquanto o acreditar é mera teoria, a certeza é um fato consumado; uma ação prática.

No ato de acreditar não existe nenhuma ação, enquanto na certeza sempre há uma atitude, uma ação na direção daquilo de que se tem convicção. Por essa razão, há resultados concretos capazes de mostrar a realidade da fé.

O apóstolo Tiago, dirigido pelo Espírito Santo, afirma:

"Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? (. . .) Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.

Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem. Queres, poís, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante?

Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura (...) Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente (...) Assim também a fé sem obras é morta." Tiago 2.14;17,18-24;26

Um leproso se prostrou diante do Senhor Jesus e, com o rosto em terra, suplicou-Lhe: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me” (Lucas 5.12). Aquele homem tinha certeza de que o Senhor Jesus tinha poder para curá-lo; não sabia, no entanto, se era a Sua vontade fazê-lo. Este é o problema da maioria dos enfermos: acreditam que Deus pode curá-los instantaneamente, mas duvidam que seja realmente da Sua Vontade. Ora, a doença e qualquer outra maldição deste mundo não vêm de Deus, pois de uma fonte onde nasce água doce não pode nascer água amargosa." P. 48-50

"A fé natural é o agente estimulante que faz o ser humano ter o trabalho de semear a boa semente com a certeza da colheita dos frutos plantados. Esse tipo de fé é imprescindível ao ser humano para a sua própria vida.

Vejamos exemplos: pode alguém querer andar sem ter certeza de que suas pernas aguentarão o peso do corpo? Da mesma forma, quem não sai de casa para o trabalho com a certeza de que logo mais irá voltar? Ninguém tomaria um ônibus ou qualquer outra condução se não tivesse certeza de chegar ao seu destino. A dona de casa, ao resolver fazer um bolo, precisa ter certeza de que a receita é válida, para misturar os ingredientes na medida certa, levar a massa ao forno pelo tempo determinado, para afinal ter o bolo.

As pernas, contudo, podem falhar; o motorista pode falhar; tudo o mais no qual depositamos plena certeza pode não dar certo, pois está sujeito às leis do mundo material. Quantas pessoas vivem da esperança de um dia ganharem na loteria ou em outro jogo qualquer e, no entanto, apesar da certeza de ganhar, acabam perdendo tudo?

Conforme podemos ver, nos mínimos detalhes da nossa vida cotidiana, dependemos dessa força natural. Esta é a razão pela qual temos dado inúmeros passos de fé sem, no entanto, reconhecermos ou valorizarmos essa graça de Deus dentro de nós.

Poderíamos dizer que a fé natural é um “sexto sentido”, o qual depende dos outros para a realização dos seus objetivos. É como se fosse um sentido auxiliar dos demais. Por outro lado, a fé natural está diretamente ligada ao mundo material, porque depende das circunstâncias naturais para ser efetivamente colocada em prática.

Antes de o agricultor plantar a semente, por exemplo, precisa estar certo das condições climáticas e do solo apropriado para aquele tipo de semente. De outra forma, sua fé natural não funcionará. Ele tem fé, tem certeza de que a terra lhe devolvera multiplicado o fruto da semente plantada, mas para isso é necessário saber se as circunstâncias permitem, para então agir a sua fé natural.

A fé sobrenatural é distinta da fé natural, muito embora seja um outro estágio, digamos assim, da fé natural. Porque, se a fé natural funciona em função das circunstâncias, a fé sobrenatural, por sua vez, não se limita às circunstâncias. Assim como a fé natural tem o seu desenvolvimento num mundo físico, a fé sobrenatural só se desenvolve em um mundo totalmente espiritual, seja através do conhecimento da palavra do diabo para uma fé negativa, quer do conhecimento da Palavra de Deus, para uma fé positiva.

A fé sobrenatural é o único canal de comunicação entre o mundo físico e o mundo espiritual. Quando ela é focalizada no Deus Vivo, então ela é positiva e capaz de tornar possível o impossível. A partir de agora, somente focalizaremos a fé sobrenatural do ponto de vista positivo, ou seja, a fé na Palavra de Deus, que produz Vida. E, em outro capítulo, falaremos mais a respeito da fé sobrenatural negativa.

Como poderíamos definir exatamente a fé sobrenatural do ponto de vista positivo? Em toda a Bíblia, nós só temos encontrado exemplos da manifestação da fé sobrenatural. A sua própria definição é: “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hebreus 11.1).

Pela definição bíblica, podemos concluir, de imediato, que por ser ela sobrenatural, não pode ser analisada do ponto de vista humano e natural. Pode alguém ter plena certeza ou convicção de algo que ainda vai acontecer, sem ter nada palpável de antemão? É realmente muito difícil entender este mistério, principalmente por parte daqueles que, por serem céticos, tentam tirar conclusões apressadas, levando em conta a razão.

A fé sobrenatural jamais poderá ser explicada através da lógica ou da razão, porque é dom de Deus. E as regras estabelecidas pelas leis físicas são frontalmente contrárias às regras que regem as leis da fé, as quais, por sua vez, estão além do entendimento de vida deste planeta. Em outras palavras, a fé sobrenatural é a mais absoluta certeza de Deus da veracidade da Sua Palavra e do cumprimento das Suas promessas, não importando o tempo parecer demorado.

Todas as atitudes do Senhor Jesus, durante o Seu ministério aqui na Terra, foram as maiores expressões da fé sobrenatural.Todos os Seus milagres, as Suas atitudes e palavras expressavam apenas a realidade da fé sobrenatural. O apóstolo joão, dirigido pelo Espírito Santo, afirma:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." João 1.1;14

lsso significa que o Senhor era a própria reencarnação da fé dobrenatural. Quando Pedro lhe disse que a figueira, amaldiçoada por Ele, secara totalmente, o Senhor lhe respondeu:

"Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco." Marcos 11.22-24

Essa fé, que o Senhor nos exorta a ter, é a fé sobrenatural; a certeza que nos justifica perante o Deus-Pai, a certeza de coisas que se esperam; a convicção de fatos que não se veem. A fé que não apenas faz remover uma montanha, mas todas as montanhas que aparecerem diante dos que a têm no coração.

Esta qualidade de fé fazia parte do caráter de Abraão, e foi o cajado de Moisés, a vara de Arão, o coração de Josué, a voz do profeta Elias, a porção dobrada de Eliseu, a espada de Gideão, a funda de Davi e o poder do Filho de Deus!

Enquanto a fé natural se desenvolve dentro de todos os seres humanos, a fé sobrenatural só nasce, cresce e se desenvolve dentro daqueles que têm ouvidos para ouvir a Palavra de Deus, pois: “A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17).

De que maneira as pessoas terão a certeza do que é vontade de Deus, sem a Sua manifestação? É muito importante que as pessoas ouçam a pregação da Palavra do Senhor Jesus." P. 52-55 (grifo meu)

Sobre Davi (destaque por Daniel Brandt)
"Quando Davi tomou conhecimento do ocorrido e da humilhação sofrida pelo seu povo (todos, sem exceção, mostravam um caráter medroso), por ser um jovem de fé sobrenatural, valente e intrépido, fez a seguinte pergunta: “Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1 Samuel 17.26).

Podemos verificar que Saul e todo o seu exército, até em tão, só conseguiam ver Golias pelos olhos da fé natural, ou seja, o tamanho dele, sua espada e sua armadura; enfim, as circunstâncias que os cercavam. Talvez por serem guerreiros e terem sido treinados para lutar usando apenas a fé natural ao soldado, mas Davi, não! Ele era diferente. Não tivera nenhuma experiência militar, por ser muito jovem. Dentro dele, no entanto, havia algo muito mais importante do que qualquer ensinamento ou treinamento militar; mais forte do que todas as forças deste mundo e mais sábio do que qualquer sabedoria deste século: o poder da fé sobrenatural! A plena certeza de que há um Deus Vivo que comanda e controla todas as coisas, em todo o Universo, e que sustenta todos os que nEle confiam!

Davi sabia que servia a um Deus maior do que aquele gigante insolente; que este Deus escolheu as coisas loucas do mundo, conforme podemos verificar no versículo abaixo:

"Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são." l Coríntios 1.27,28

O simples fato de o homem ter coragem de assumir a fé neste Deus Todo-Poderoso, mesmo não O vendo, sentindo ou tocando, já é suficiente para fazer dele um verdadeiro instrumento em Suas mãos, para a Sua exclusiva glória." P. 61-63

"Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2.14).

Isso significa que os atos e fatos oriundos da fé sobrenatural são loucura para os que estão imersos no mundo dos atos e fatos da fé natural.

As circunstâncias do mundo natural, que dão origem à fé natural, são alimentadas pela mãe natureza. O sol e a chuva produzem um determinado clima capaz de fazer a semente nascer e produzir os frutos desejados. As circunstâncias do mundo espiritual, que dão origem à fé sobrenatural, são produzidas e dirigidas pelo Espírito Santo. Neste caso, o responsável pelo clima do milagre sobrenatural é o próprio Espírito de Deus.

É compreensível que as pessoas comuns não entendam o espírito da fé sobrenatural, haja vista viverem num mundo de coisas naturais. Apenas as pessoas incomuns, ou seja, aquelas que se sujeitam às leis de Deus e, por isso mesmo, têm ouvidos para ouvir a voz do Espirito Santo, podem entender e discernir as coisas espirituais, inclusive o poder da fé sobrenatural.

É justamente dentro do plano espiritual que o Espirito de Deus tem o Seu campo de ação, e para compreender as leis que regem o mundo espiritual, só mesmo com uma fé sobrenatural, absolutamente distinta da fé natural.

A mente de Cristo - o Espírito Santo também é o responsável por nos dar a mesma mente que imprimiu no Seu Filho jesus, exclusivamente com o objetivo de realizar através de nós, o que Ele realizou através do Senhor Jesus." P. 70-72 (grifo em negrito por Daniel Brandt, exceto a mente de Cristo)

"A mente de Cristo ou a Palavra de Deus não somente cria uma unidade de fé , mas também nos faz participantes da natureza divina, permitindo-nos ter o direito de pensar e agir livremente, de acordo com a nossa própria vontade.

A mente de Cristo não nos impõe qualquer restrição, ou nos obriga a qualquer atitude contrária à nossa. Pelo contrário, a nossa vontade e o nosso prazer passam a ser o de fazer a vontade dAquele que nos libertou do império das trevas para a Sua maravilhosa Luz. E isto, através de uma fé pura e simples, como é a fé sobrenatural.

A mente de Deus não nos escraviza a ponto de tirarnos a liberdade de fazer o que nós queremos. Na verdade, deixa-nos ainda muito mais livres para tomarmos a nossa própria decisão, quer seja a favor ou contra Ele; e Deus, em hipótese alguma, nos impedirá de fazer algo que Lhe seja contrário. Este é o amor imensurável que o ser humano não tem capacidade de entender, a não “ser por uma convicção muito forte que brota dentro dele: a fé sobrenatural.

A vida pela fé - quando Deus criou a vida, criou-a com três grandes propósitos. O primeiro, que ela fosse vivida em abundância, isto é, com todos os seus direitos e privilégios, sem nenhuma forma de aflição, angústia ou preocupação. No plano da criação de Deus, “viver a vida” significava automaticamente viver a felicidade, pois o próprio Senhor jesus afirmou: “...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10).

O segundo grande propósito foi que ela não tivesse nenhum tipo de interrupção provocada por doenças, enfermidades, dores, enfim, qualquer tipo de sofrimento ou morte. morte. Por esta razão, Isaías, profetizando a razão da vinda do Senhor Jesus, disse: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si(...) o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.4,5).

Em Romanos 6.23, lemos: “...o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo jesus, nosso Senhor.”.

Finalmente, o terceiro grande propósito da vida, e o principal, foi o de, através dela, manifestarmos a Sua glória por toda a eternidade, a começar aqui pela Terra, conforme o Salmo de Davi:

"Cantai ao Senhor (. ..) todas as terras (...) proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas. Porque grande é o Senhor e mui digno de ser louvado..." Salmos 96.1-4

Da mesma forma como o pai usa a sua fé natural para ganhar melhor o pão nosso de cada dia, também ensina ao seu filho a forma simples de usar a fé natural, para que ele venha a colher os frutos. É bem verdade que, às vezes, o pai ou os pais deixam tudo preparado para os filhos, não lhes dando o direito de aprender a lei natural da vida, e quando os filhos crescem e se tornam adultos, não sabendo como enfrentar os avessos deste mundo, muitas vezes se desesperam diante de um pequeno problema.

Ora, Deus também pensa nos Seus filhos e quer o melhor para eles. Porém, Ele não é semelhante a um pai insensato; pelo contrário, através da Sua Palavra e do Seu Espírito conduz a Sua família para um desenvolvimento próprio, através da fé sobrenatural. É por intermédio da fé sobrenatural que os filhos de Deus tomam posse de toda a plenitude da vida, conforme disse o Senhor: “todavia, o meu justo viverá pela fé...” (Hebreus 10.38).

Em outras palavras: o cristão somente terá vida abundante, conforme o Senhor jesus prometeu, se tiver coragem de assumir a fé sobrenatural e colocá-la em prática na sua própria vida.

Deus nos tem prometido as Suas bênçãos. Entretanto, nós não tomaremos posse delas enquanto não agirmos a fé sobrenatural que Ele já nos outorgou! Não existe outra alternativa. É o caso daquele jovem rico, que não tinha certeza da vida eterna e perguntou ao Senhor:

".. Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se quem, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu jesus: Não matarás, não adulterarés, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?" Mateus 19.16-20

Até aqui, ojovem rico estava usando a sua fé natural. O Senhor lhe respondeu à última pergunta da seguinte forma: “...Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me” (Mateus 19.21)." 

A fé natural do rapaz não pôde suportar o peso do sacrifício que ele teria de fazer para alcançar a plenitude da vida; Porque a fé sobrenatural tem a capacidade de pagar o preço da vida que Deus tem preparada para aqueles que O amam.

Deus não é contra a riqueza, absolutamente, porque Ele mesmo é rico em glória e majestade. Ele é contra contra colocarmos nosso coração nas riquezas. Quando foi requerida a fé sobrenatural daquele jovem, ele só enxergou a riqueza incalculável em seu poder, a qual ele podia pegar, tocar, ver e usar à vontade. Era a sua fé natural em oposição à fé sobrenatural, e por causa disso, “Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades” (Mateus 19.22).

Quando a pessoa vive pela fé natural, a Palavra do Senhor é uma grande pedra, uma verdadeira barreira; um empecilho causador de tristeza. Mas quando ela vive pela fé sobrenatural, é um manancial de alegria. Por mais que as circunstâncias sejam desfavoráveis, ela sabe que mais cedo ou mais tarde a resposta virá e apagará completamente da memória os dias de outrora, dias de sofrimento e dor. Por isso mesmo, ela não mede sacrifícios para colocar esta convicção em prática.

Durante muito tempo, eu vinha indagando a mim mesmo e a Deus por que nós, os cristãos, temos dias felizes, quando tudo caminha de acordo e, de repente, parece que o mundo desaba sobre a nossa cabeça. Eu não podia compreender porque os filhos da Luz tinham de sofrer as mesmas consequências que os filhos das trevas.

O Espírito Santo, então, me mostrou que não se pode querer viver a vida cristã com a força da fé natural, pois ela é uma vida espiritual e precisa de uma fé muito mais consistente. É preciso uma fé sobrenatural para assumir o caráter do próprio Senhor Jesus Cristo." P. 75-79

"Os milagres que tanto glorificaram ao Senhor no passado precisam ser repetidos hoje, pois nosso Deus não vive da glória do passado, mas do presente.

O cristão somente terá direito à vida em toda a sua plenitude através da fé sobrenatural. Não há outra alternativa! Está escrito: “todavia, o meu justo viverá pela fé...” (Hebreus 10.38). O que tem acontecido realmente? O cristão tem andado com fé natural e não pela fé sobrenatural. Tem mesclado a fé cristã com este mundo físico. Tem crido que o Senhor Jesus carregou os seus pecados na cruz do Calvário, e também que “. . .ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si...” (Isaías 53.4).

Está certo de que no mesmo sacrifício do perdão de pecados há a cura divina. Quando, entretanto, comete algum pecado e o confessa sinceramente, crendo no perdão recebido, não crê o suficiente para também ficar curado de suas enfermidades.

Por quê? Porque, para acreditar na cura, tem sido necessário que, após a oração, não sinta mais nada! Ora, está deixando de viver pela fé para andar com fé. A partir do momento em que passa a dar crédito aos seus sentimentos, no caso de dores, repreende a fé para dar lugar à razão. Sai do mundo da fé e entra no mundo materialista dos sentidos.

Na verdade, quando o cristão anda com fé natural e não pela fé sobrenatural, ele se arrisca a ter a sua fé abatida pelas circunstâncias deste mundo, pois quem anda com fé natural está vivendo no mundo material, enquanto quem anda pela fé sobrenatural está vivendo no Reino de Deus, embora neste mundo." P. 84-85 (grifo meu em negrito)

"Ela só pode ser fortalecida através do ouvir a Palavra de Deus, de acordo com o já determinado: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17). Pedir mais fé significa incoerência. É o mesmo que a pessoa pedir a Deus que lhe dê a certeza de que a Sua Palavra é a verdade e se cumpre, quaisquer que sejam as circunstâncias. Se desejamos ter fé inabalável, não há outro caminho a seguir: temos de permitir que a Palavra de Deus alimente o nosso espírito com a sua força e poder. Ela é a única fonte da fé, pois é através dela que captamos a mentalidade de Deus, bem como o Seu caráter.

É ela que nos dá luz a fim de podermos ver qual é a vontade divina para as nossas vidas, além de fortalecer a nossa confiança em Deus. Todas as vezes que lemos a Bíblia, é como se o próprio Deus estivesse falando pessoalmente conosco, injetando mais e mais certeza em nossos corações do cumprimento de todas as Suas promessas.

O Senhor nunca realizará a Sua santa vontade aqui na Terra sem que haja uma participação efetiva dos Seus filhos. Quando Deus quis abrir o Mar Vermelho para o Seu povo passar, foi necessária a participação de Moisés: “E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”, disse Ele. Moisés obedeceu à Palavra do Senhor, e Este cumpriu a Sua promessa. Josué rodeou Jericó por treze vezes e, então, Deus fez as muralhas ruírem. Jesus disse: “Tirai a pedra”, os discípulos obedeceram, e Ele ressuscitou Lázaro.

Ora, como obedecer à Palavra de Deus ou fazer a Sua vontade, se ignorarmos os Seus pensamentos? Por isso, é necessário que se tenha um pleno conhecimento daquilo que o Senhor já determinou ou nos outorgou." P. 89-90

"A verdade é que uma grande fé misturada a um mínimo de dúvida não funciona de forma alguma. Um mínimo de fé, mas sem nenhuma dúvida, é capaz de realizar o impossível.

Tanto quanto o espírito que não tem cor, sexo ou tamanho, a fé sobrenatural também não possui dimensão; Pode ser medida apenas pela sua qualidade e pureza. Na Bíblia, todos os homens e todas as mulheres que foram usados por Deus tiveram uma qualidade de fé irrepreensível. Por esta razão obtiveram as respostas de Deus às suas orações.

A qualidade da nossa fé é avaliada pelo nosso comportamento diante das necessidades. Quando o cego de Jericó foi trazido à presença do Senhor jesus, depois de ter clamado duas vezes por Ele, Este lhe perguntou: “Que queres que eu te faça?” Ora, Jesus sabia que ele era cego; queria, na verdade, estar bem certo da qualidade da sua fé, pois ele poderia pedir algo de menor valor. A grandeza do seu pedido, entretanto, confirmou tudo. Os nossos pedidos definem exatamente a qualidade e a força da nossa fé.

A única maneira de provarmos a nossa fé, e demonstrarmos o seu grau, é através dos pedidos insistentes que fazemos a Deus, em nome do Senhor Jesus. O cego Bartimeu precisou insistir duas vezes para ser ouvido e atendido. Se em Salmos 139.4 está escrito: “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda”, por que ele precisou fazer isso? Por que oramos, pedimos, clamamos? Porque os nossos pedidos a Deus definem exatamente o caráter da nossa fé.

Bartimeu poderia pedir ao Senhor Jesus dinheiro ou pousada pars o resto de seus dias, pois muito necessitava.
Foi, no entanto, justamente o impossível, humanamente falando, o que ele pediu, demonstrando o caráter da sua fé:

“Perguntou-lhe jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então, jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora." Marcos 10.51,52" P. 92-93

"O espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4.18).

O sentido literal deste versículo é: se o Espírito do Senhor está sobre nós, somos ungidos para anunciar coisas boas aos pobres; proclamar palavras de libertação aos cativos de Satanás; restaurar a visão dos que se tornaram cegos pela ignorância, pela falta do conhecimento do Deus Vivo e, assim, pôr em liberdade, pela fé, os oprimidos.

O caminho a ser tomado pelos pessimistas ou por quem tem fé ativa para o negativo é envolver-se o máximo possível com os que têm fé para o positivo. Por esta razão, o Espírito Santo, por intermédio de Paulo, instruiu os cristãos em Filipos:

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." Filipenses 4.8

A fé negativa tem o mesmo poder que a fé positiva, porque tanto faz ser uma ou outra, continuam sendo: “. . .a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hebreus 1 1 .1).

O diabo trabalha com a fé negativa; enquanto Deus trabalha com a fé positiva, pois Ele é a sua fonte.

O diabo e seus demônios têm usado as pessoas do seu reino neste mundo, para espalharem a sua mensagem com o intuito de produzir uma fé negativa e, consequentemente, a destruição através dela." P. 96-98

"O pai não pode obrigar o filho adulto a ouvi-lo e seguir a sua orientação. O filho é que precisa se submeter ao pai para, então, ser ajudado por ele. Da mesma forma acontece em relação a Deus. Em toda a Escritura Sagrada existem inúmeros convites dEle para o livramento do homem.Vejamos exemplos:

“invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás." Salmos 50.15

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei." Mateus 11.28

Deus tem providenciado o livramento de todos os que têm ouvidos para ouvi-Lo, por meio da pregação da Sua Palavra anunciada pelos Seus servos espalhados pelo mundo inteiro. Aqueles que dão atenção aos Seus conselhos têm sido livrados, conforme Ele mesmo tem prometido muitas vezes na Sua Palavra.

Temos visto os testemunhos daqueles que tiveram uma experiência com Ele. Sinta, por exemplo, o Seu caráter e a Sua preocupação em querer nos livrar por intermédio dos textos bíblicos:

“Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habita no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos." Isaías 57.15" P. 109

"... Deus não aprova timidez ou o medo, e muito menos pode contar com os tímidos ou medrosos para fazer aquilo que tem de ser feito neste mundo: salvar as pessoas que se encontram nas garras de Satanás.

Enquanto houver timidez ou medo diante dos problemas e dificuldades, estes se tornarão ainda mais difíceis de serem solucionados. Deus nada pode fazer para mudar essa situação, pois depende da nossa intrepidez e coragem para efetuar Suas mamvilhas, conforme podemos ver no exemplo abaixo:

"Disse mais o Senhor a Gideão: Ainda há povo demais; faze-os descer às águas, e ali tos provarei; aquele de quem eu te disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele de quem eu te disser: este não irá contigo, esse não irá. Fez Gideão descer os homens às águas. Então, o Senhor lhe disse: Todo que lamber a água com a língua, como faz o cão, esse porás à parte, como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber." Juízes 7.4,5

Aqueles que se abaixaram e ficaram de joelhos para beber água não estavam em condições de travar aquela grande batalha, pois procuraram beber água da maneira mais cômoda e fácil. Gente assim não tem condições de servir a Deus ou mesmo obter vitórias na vida cristã, pois são como as águas que descem das montanhas, sempre procurando o caminho mais fácil da vida.

Esse é o caráter de todos aqueles que têm uma fé positiva, porém passiva. Já os 300 restantes, não. Enquanto estavam bebendo água tal como fazem os cães, estavam ainda de pé, curvados, mas não ajoelhados e, portanto, prontas para qualquer eventualidade. A posição deles era a do verdadeiro soldado que, enquanto come ou bebe, também vigía. No mundo em que vivemos, sob adversidades constantes, perseguições e injustiças, se a nossa fé não vier acompanhada de atitudes de coragem, se não tiver um caráter intrépido, jamais poderá sobreviver." P. 119-120 (grifo meu em negrito)

"Se o sujeito que aHrma ser cristão é mentiroso, então, de que adianta para Deus a sua fé cristã? Nada! Se ele quer ser crisão, é obrigado a deixar a mentira e assumir a sua fé, mesmo que isto lhe custe o apelido de “crente”, “bíblia” ou “fanático”. Se ele costuma roubar, mas deseja seguir as pisadas do Senhor e assim viver a sua fé, precisa ter a coragem de parar de roubar imediatamente, mesmo que isto lhe custe viver uma vida mais modesta.

Isso é fé e coragem aliadas, caminhando juntas na mesma direção. É como se a fé representasse Deus e a coragem representasse o homem. Deus diz para o homem: “Vai...” e o homem, obedecendo a Deus, começa a andar na direção por Ele determinada.

Podemos também comparar a fé com o espírito de coragem: ela não pode fazer a parte da coragem, e nem a coragem pode fazer a parte da fé. A fé afirma para a coragem: “vai que eu te dou força”. Então, a coragem, imbuída da força que vem da fé, inicia a sua caminhada. Podemos lembrar do Senhor jesus dizendo ao paralítico: “. . .Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa” (Lucas S .24).

Como obter as bênçãos pela fé - não é difícil tomar posse das bênçãos de Deus pela fé. De fato, se existe qualquer dificuldade, esta é criada por nós mesmos, porque Deus tem mais interesse em nos abençoar do que temos necessidade de receber as Suas bênçãos.

Isso pode até parecer um tanto exagerado, todavia não é! Nós, cristãos, temos por obrigação ser a glória de Deus neste mundo." P. 121-122 . (grifo em "como obter as bênçãos pela fé" do autor. Outros grifos em negrito por Daniel Brandt)

Capítulo 3 - Os Obstáculos ao Reino da Fé
"Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." João 2.15-17

Se analisamos honestamente nossa vida espiritual, constataremos quantas vezes perdemos inúmeras chances de exercitar nossa fé e, consequentemente, glorificar a Deus por intermédio dela, simplesmente por tê-la desviado, por causa dos nossos caprichos e desejos incontidos, contrários aos do Senhor.

Deus sempre está nos provando. Quando, às vezes, permite que passemos por tribulações financeiras, Seu intuito é verificar as atitudes que tomamos. Se apelamos de imediato para a fé, a solução vem ao nosso encontro, para a Sua inteira glória. Se, porém, apelamos para nossas próprias condições, ficamos irritados e nos decepcionamos com Deus por não termos dinheiro para resolver todos os nossos problemas. Mas, na verdade, a provisão em Cristo Jesus, pela fé, é suficiente para suprir todas as nossas necessidades.

A civilização moderna peca por evitar o exercício da fé.

O corpo se desenvolve através dos exercícios físicos constantes, que capacitam o atleta para a competição esportiva. O cérebro desenvolve sua capacidade de criação através do exercício intelectual. Da mesma forma, a fé só poderá se agigantar pelo seu exercício constante nas atividades diárias, pela leitura e meditação das Sagradas Escrituras e a ocupação constante dos pensamentos “com as coisas lá do Alto”.

Esse é o ponto alto do recado do Espírito Santo a Igreja do Senhor Jesus Cristo, quando nos admoesta a não amarmos o mundo porque, se desviamos nosso olhar do trono da graça, isto se deve exclusivamente à ação que este mundo impõe a concupiscência da carne e dos olhos." P. 146-147

"Esta esperança se baseia no futuro, ou seja, o cristão deve andar e viver pela fé, com a esperança de um dia ver com seus olhos o cumprimento de todas as promessas feitas pelo Salvador.

A fé, entretanto, é diferente. Ela é a certeza de coisas que se esperam hoje. A esperança olha para o futuro, enquanto a fé olha para trás, para uma obra já consumada. Muitos cristãos se decepcionam na sua fé porque esta se apoia na esperança, e não na convicção de um fato consumado.

O orgulho e a vaidade - também são grandes entraves ao desenvolvimento da fé. Lembro-me de um jovem pregador que marcou uma concentração de fé, com o objetivo de libertar os oprimidos do diabo e curar todos os enfermos. Resolveu por si mesmo se dedicar à oração e ao jejum, com a finalidade de realinhar seu grande desejo.

Após muita propaganda entre o povo de Deus para que fossem levados todos os enfermos e necessitados, chegou o grande dia quando, segundo ele, Deus daria uma clara demonstração de poder.

Muito cheio de si, confiante na sua preparação espiritual, aquele jovem, ao término da reunião, experimentou uma enorme decepção por não ter visto nada daquilo que esperava. Ora, a fé nunca pode funcionar enquanto prevalecer o orgulho, ainda que este seja espiritual, o que, naturalmente, é bem pior.

A suposta preparação com orações e jejuns deixou o pregador muito senhor de si..." P. 149 (grifo em negrito por Daniel Brandt, exceto "o orgulho e a vaidade")

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