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Notas do Livro: Chupá - Da Cabeça ao Coração - Gila Manolson

 

Nota: 5/5

Resenha: Um livro sobre a preparação, o namoro e o casamento judaico. De uma forma simples e sábia a autora aborda diversos pontos importantes para uma boa relação. O livro, em minha opinião, é interessante para qualquer pessoa, de qualquer religião, pois os conhecimentos que passa são profundos. Está entre os 4 melhores livros sobre relacionamento/casamento que já li, junto de "Feito para durar", "As 5 linguagens do amor" e "Um cônjuge Amante e Amigo".
Uma frase que muito me marcou no livro foi "Para encontrar a pessoa certa, você deve ser a pessoa certa" levando a uma auto-reflexão, proposta pela autora, algo que não encontrei, de forma detalhada, em nenhum outro livro de relacionamento que li até o momento.


Cita os livros:
More Precious Than Pearls: Selected Insights into the Qualities of the Ideal Woman - Rebetzin Tziporah Heller
O Manual de Miriam Adahan - Miriam Adahan
Talking Tachlis: A Single's Strategy for Marriage - Rosie Einhorn
The Inner Circle: Seven Gates to Marriage - Shaya Ostrov
Love, Marriage and Family in Jewish Law and Tradition - Natan T. Lopes Cardozo, Michael Kaufman
Jewish Marriage: A Halakhic Ethic - Reuven Bulka
The Jewish Way in Love & Marriage - Maurice Lamm
A Return to Modesty: Discovering the Lost Virtue - Wendy Shalit


PARTE 1 - MONTANDO O PALCO

"O namoro pode ser educativo, mas a educação nem sempre é sábia." p. 20

"O casamento é completamente diferente até de um namoro duradouro mais comprometido (também é totalmente diferente de viver junto, o que para a maioria das pessoas é apenas "brincar de casinha"). Para obrigar dois "Eu's" a se submeterem a um não negociável "nós", o casamento requer muita autotransformação. Além disso, antes que as coisas estejam assinadas e seladas, você só vai revelar a melhor parte do seu comportamento, mesmo que inconscientemente. A partir do momento em que o relacionamento é "pra valer", o verdadeiro "Eu" surge." p. 20

"de acordo com estudos feitos pelo Dr. David Myers, em "The Pursuit of Happiness", casais que vivem juntos antes do casamento são muito mais propensos a se divorciar do que aqueles que não passaram por essa experiência." p. 21

"Vamos olhar brevemente sobre o que um bom casamento requer. Para começar, cada parceiro deve possuir uma personalidade adulta e razoavelmente saudável. Esse ativo inclui maturidade, autonomia, autoestima, confiança, capacidade para a intimidade emocional e autoconhecimento (que serão discutidos no Capítulo 2). Essas características não precisam ser adquiridas no namoro. Elas devem ser adquiridas na vida." p. 22 (negrito por Daniel Brandt)

"Lembro-me de como muitos dos meus colegas da escola se transformaram assim que começaram a ficar com outras pessoas. Apesar de tudo o que tinham em si, sua popularidade dependia de sua capacidade na hora de atrair o sexo oposto. Quanto maior o sucesso, maior era a perda de si mesmo. E uma vez que você está viciado em aprovação (particularmente deste tipo), pode ser difícil sair deste tipo de comportamento." p. 22 (negrito por Daniel Brandt)

"A aprovação não vem dos outros, mas de si mesmo." p. 23 (negrito por Daniel Brandt)

"Parceiros em um bom casamento devem entender também o que são o amor e o casamento (vide Capítulo 4)." p. 23

"A lei secular pode não ter nenhum problema com isso, mas a lei judaica se preocupa com o bem-estar emocional e espiritual da pessoa, que inclui saber amar." p. 26 (negrito por Daniel Brandt)

"NAMORANDO PRA VALER

Até agora, um ponto precisa estar claro. A máxima: "A experiência é o melhor professor" raramente se aplica aos relacionamentos e, mesmo quando o é, trata-se, definitivamente, do caminho mais difícil e menos inteligente de se aprender. Ligar-se à sabedoria pré-existente e trabalhar sobre si mesmo são meios muitos (sic) mais eficazes, sensíveis e menos dolorosos.
Por isso, no Judaísmo tradicional, o namoro não é "para experiência". Primeiro, você se transforma em alguém que pode encarar um relacionamento com maturidade. Então, você sai de shiduch (encontro em um homem e uma mulher), sem contato físico, com o objetivo de analisar suas compatibilidades, visando o casamento), porque você quer iniciar um compromisso de vida com a outra pessoa - em outras palavras, porque você está pronto para o casamento." p. 27 (negrito por Daniel Brandt)

"Na ânsia de fugir, ele havia perdido a chance de amar. Ele ainda era uma criança - e profundamente sozinho." p. 28 (negrito por Daniel Brandt)

"'aprender Torá' significa mais do que apenas se esforçar para entender um trecho do Talmud. Significa trabalhar sobre si mesmo." p. 29

"Para encontrar a pessoa certa, você deve ser a pessoa certa" p. 29 (negrito por Daniel Brandt)

"Primeiro, dedique-se à etapa que a maioria das pessoas pula, em sua corrida desenfreada à procura de relacionamentos: torne-se alguém que pode ter um relacionamento que vai durar uma vida." p. 29 (negrito por Daniel Brandt)

"Fazer uma pausa no namoro pode não ser fácil no começo. Mas em breve, os benefícios se tornarão claros. Um deles é que as suas amizades do mesmo sexo serão obrigadas a se fortalecer e a enriquecer." p. 29 (negrito por Daniel Brandt)

"amizades também ajudam a construir o sentido de autoconfiança, que permite que você se sinta bem, mesmo sem um namorado ou a aprovação da namorada, o que torna mais provável que você acabe com a pessoa certa, pelas razões certas.
Além disso, a energia que você gastava com o sexo oposto está liberada para seu próprio crescimento - e saber que você está crescendo é muito bom. (...) a melhor coisa que você pode trazer para o casamento é um você em versão melhorada." p. 29 (negrito por Daniel Brandt)


"PARTE 2 - ESTAR PRONTO

Numa bela manhã, você acorda. O sol está brilhando e o mundo, cheio de promessas. Você pensa em como seria maravilhoso compartilhar sua vida com outra pessoa.
(...)
O que você realmente quer dizer é: "Eu acho que quero me casar". Mas querer não significa que você está pronto para isso. Estar pronto para o casamento significa alcançar um determinado ponto - e não é a "idade certa", o "nível adequado" de prática religiosa ou nem mesmo estar se sentindo incompleto sem "a pessoa certa". É a obtenção de um valor crítico de sabedoria, crescimento e autoconhecimento - e isso leva tempo." p. 31 (negrito por Daniel Brandt)

"A maturidade emocional é produto da educação e do autodesenvolvimento." p. 34 (negrito por Daniel Brandt)

"Algo que você pode fazer é perguntar a alguém que seja muito bem casado e por um bom tempo, que o conheça bem, que irá lhe responder honestamente se você já atingiu o grau de maturidade necessário para o casamento". p. 34

"Sou sincero?
  1. Estou aberto para ver quem eu sou?
  2. Aceito críticas e admito quando estou errado?
Sou disciplinado?
  1. Sou paciente?
  2. Tenho autocontrole?
  3. Consigo esperar pelo reconhecimento de outra pessoa em relação a mim?
Consigo enxergar as coisas em perspectiva?
  1. Posso distinguir entre o que é mais e menos importante na vida?
  2. Dou mais valor para as satisfações do que às frustrações?
  3. Tenho senso de humor?
Eu sou responsável?
  1. Posso perseverar para alcançar um objetivo?
  2. Sou confiável?
Sou realista?
  1. Estou preparado (pelo menos intelectualmente) para não ter tudo o que eu quero?
Eu quero crescer?
  1. Estou empenhado em me tornar uma pessoa melhor?" p. 35

"O excesso de sensibilidade às críticas, normalmente, denota um problema de autoestima" p. 35

"Você deve ter notado um denominador comum nas 12 características listadas acima: ver além de si mesmo e para além do presente." p. 36

"Junto com a expansão de sua percepção da vida, a maturidade emocional desenvolve o foco nas necessidades dos outros, em seus desejos e sentimentos." p. 36

"O egocentrismo prevalece em nossa sociedade, a tal ponto que até mesmo um ato de caridade pode ser maculado por interesses próprios. Doação egocêntrica é certamente melhor do que nenhuma doação, mas deve ser um trampolim para uma preocupação genuína com os outros." p. 37

"Estou compartilhando?
  1. Posso colocar as necessidades e os desejos dos outros antes, ou ao menos no mesmo patamar que os meus?
  2. Posso compartilhar sem "contabilizar pontos"?
Sou sensível?
  1. Estou atento e sou receptivo para com os outros?
  2. Tento ser consciente dos sentimentos dos outros?
  3. Tenho empatia e me identifico com alguém?
  4. Dou carinho, conforto e apoio?
Sou respeitoso?
  1. Tolero as diferenças e valorizo a individualidade?
  2. Valido as perspectivas das quais discordo?
  3. Respeito limites e a privacidade dos outros?
Sou capaz de me comunicar de forma eficaz?
  1. Compartilho sentimentos positivos?
  2. Expresso sentimentos negativos sem atacar o outro?
Sou flexível?
  1. Resolvo conflitos por meio da conversa e negociação?
  2. Posso ceder?
Amo os outros, apesar de suas falhas?
  1. Telefono para alguém, mesmo quando estou zangado com ele ou ela?
  2. Enfatizo a bondade, em meio a falhas?
  3. Estou disposto a ficar em um relacionamento, enfrentando bons e maus momentos?" p. 37-38

"CRIANDO INTIMIDADE

Além de maturidade, pelo menos quatro qualidades contribuem para um casamento ser bem-sucedido: independência, autoestima, confiança e capacidade para a intimidade emocional.
(...)
Independência significa ver a si mesmo como uma pessoa independente, que se conhece, anda com as próprias pernas e sabe muito bem aonde quer chegar." p. 39

"Antes que você possa ter um bom relacionamento, você deve aprender a viver sem ele." p. 40 (negrito por Daniel Brandt)

"Se você é excessivamente dependente, constantemente se preocupa com questões como: "O que eles pensam de mim?". Agora, se você é mais autônomo, vai perguntar: "O que eu acho deles?"
A autoestima está ligada a muitos dos elementos da maturidade emocional acima citados e é o ingrediente mais importante em um relacionamento bem sucedido. A autoestima não é um chavão pop da psicologia para "sentir-se bem consigo mesmo. "Ela é construída sobre o fato de ser bom, competente e amado, reconhecendo ue possui essas qualidades. Ser uma pessoa boa exige trabalhar o caráter; competência requer o desenvolvimento de suas habilidades, e se você é um ser humano correto, já é, automaticamente, amado aos olhos de D'us (o Único cuja opinião realmente importa)." P. 40

"A autoestima está em não se comparar com os outros, mas olhar para si mesmo e gostar daquilo que vê." p. 41 (negrito por Daniel Brandt)

"a autoestima é fundamental para um relacionamento bem-sucedido. Ela permite que você descubra que o amor que você dá é significativo e que o amor que você recebe é merecido." p. 41 (negrito por Daniel Brandt)

"Se a sua autoestima é boa, as chances são de que seu parceiro seja assim e vocês vão interagir positivamente, pois a autoestima elevada elimina a concorrência e permite dar ao outro o que ele precisa. Ela derruba as paredes defensivas, permitindo que você e seu parceiro (a) alcancem o entendimento verdadeiro. Ela faz com que você aceite críticas sem se ofender ou magoar, porque você está de mente aberta e disposto (a) a mudar." p. 41 (negrito por Daniel Brandt)

"Quando o ego é saudável, você não precisa ficar sempre se protegendo.
A autoestima atrai não apenas alguém capaz de "interações saudáveis", mas alguém que o ama por aquilo que você é. Se você não está seguro de quem é por dentro, vai procurar validação externa, que irá nortear a sua aparência, quem você é ou o que pode fazer." p. 42 (negrito por Daniel Brandt)

Cita "Além do espelho - Um enfoque atual sobre Tsiniut" da mesma autora

"Se os seus pais foram presentes, você vai achar que é mais fácil confiar nos outros. Mas, se eles foram ausentes, física ou emocionalmente, você terá tendência a suspeitar de todos." p. 43

"A autoestima e a confiança estabelecem as bases para a intimidade emocional." p. 44 (negrito por Daniel Brandt)

"Intimidade é a capacidade de expor o seu eu interior, ser vulnerável e deixar seu parceiro fazer o mesmo." p. 44 (negrito por Daniel Brandt)

"a intimidade requer realmente conhecer um ao outro -  e isso leva tempo. Não existem atalhos para a intimidade.
Tal como acontece com a maturidade e a autoestima, você vai, inconscientemente, ser atraído por alguém, cuja capacidade de intimidade emocional corresponde à sua própria." p. 44 (negrito por Daniel Brandt)

"Denise ficou chocada. Mas ela finalmente percebeu que, tanto quanto ela desejava intimidade, ela também temia, e que ela, inconscientemente, havia escolhido Ron porque, em parte, sabia que ele não iria forçá-la para além de seus limites de intimidade.
Mesmo que a sua autoestima e confiança sejam sólidas, a intimidade emocional pode ser difícil se os seus pais reprimiram seus sentimentos, ou se você "aprendeu" a não expressar o que sente. E enquanto esse problema pode não ter consequências graves até que você esteja casado, é melhor que comece a cuidar dele agora. Abrir-se requer coragem, mas alguns tipos de crescimento são tão gratificantes, que a intimidade emocional não é apenas a essência do casamento, mas um dos mais belos presentes da vida. Desbloquear o seu coração vai fazer com que você se sinta como emergindo de um armário escuro para a luz do Sol e será mais fácil encontrar sua alma gêmea sob a luz." p. 45 (negrito por Daniel Brandt)

"As pessoas querem se casar com outras parecidas com elas mesmas" p. 45 (negrito por Daniel Brandt)

"Ele não é tão completo como pessoa, mas talvez seja o melhor que você possa ter no momento." p. 45 (negrito por Daniel Brandt)

"Quase todos nós temos problemas - e vale a pena cuidar deles antes do casamento." p. 45 (negrito por Daniel Brandt)


"CONHECER A SI MESMO
(...)
Primeiramente, perceba sua natureza. Quais são os seus pontos fortes e os fracos? Como você pode contribuir em um relacionamento?" p. 45

"Seu parceiro (a) não precisa ser exatamente tudo o que você não é, mas é bom ter certeza de que os pontos mais básicos e importantes estarão sendo atendidos. (Alguém, por exemplo, que seja mais apto para cuidar das despesas da casa do que você)." p. 45

"O próximo passo é entender suas necessidades. E esse ponto é um desafio, porque pode se tornar uma armadilha, já que é difícil diferenciar necessidade de caprichos. Necessidades são essenciais para sua felicidade e plenitude." p. 46 (negrito por Daniel Brandt)

"ela precisava era de uma pessoa razoavelmente atraente, que fosse mentser (alguém íntegro), que tivesse uma vida decente, encorajasse sua carreira, a amasse e quisesse crescer emocional e espiritualmente." p. 46

"SENDO HUMANO

(...)
assim como nós esperamos que o casamento restaure nossa completude espiritual, nós também esperamos que ele restaure nossa integridade emocional.
E o que é "integridade emocional"? É estarmos completamente alegres e relaxados, conscientes e conectados com todos os aspectos de nosso ser - sentirmo-nos completamente amados, em contato com todo nosso ser e repletos de vida." p. 50 (negrito por Daniel Brandt)

"Sentir-se incapaz de despertar amor é doloroso. É difícil viver com este sentimento. Então, nossa mente nos fez um grande favor: ela armazenou esta dor bem longe de nosso alcance, em nosso inconsciente. E ela ainda está lá." p. 51 (negrito por Daniel Brandt)

"a ideia é que as feridas das pessoas são a base do "click" pelo qual elas procuram." p. 51

"A CONEXÃO INCONSCIENTE

Como eu disse, adultos querem plenitude e amor incondicional e a teoria é que você é atraído para uma pessoa a quem sente que pode prover. Quando você encontra alguém, seus scanners subliminares entram em ação. Eles analisam e registram as expressões faciais da pessoa, o olhar, a linguagem corporal, o andar, o jeito de falar, as atitudes, o estilo e o comportamento, tudo para determinar se ele ou ela possui determinados traços. Isso pode soar pouco romântico, mas você sempre procura alguém que se pareça com seus pais." P. 52 (Negrito por Daniel Brandt)

"Em um nível básico, nós estamos à procura daquilo que nos é familiar. Se você está saindo com alguém apenas por diversão, talvez um tipo exótico possa atraí-lo; mas, quando você está à procura de “algo pra valer”, inevitavelmente, vai orbitar em torno do que você “conhece” e se sente confortável e nada soa mais familiar do que as personalidades das pessoas com quem você cresceu.

Essa tendência pode até ser vantajosa. Se seus pais foram basicamente felizes, compreensivos, presentes e carinhosos, você será levado, calorosamente, a se conectar com alguém que irradia algumas dessas maravilhosas qualidades.

Mas esse raciocínio é mais complexo. Seu inconsciente também procura alguém com as características indesejáveis de seus país. Ele quer que você se case com uma pessoa que não apenas detenha as melhores características da mamãe e do papai, mas alguém com quem você reviva as mesmas experiências “indesejáveis” que você teve com eles." P. 52-53

Cita Dr. Jeff Auerbach com o livro "Irritating the Ones You Love: The Down and Dirty Guide to Better Relationships"

"Além da semelhança de sentimentos familiares e de que desta vez essa relação familiar dará certo, você procura por um par com o qual possa, indiretamente, viver experiências reprimidas de si mesmo (a)." P. 54

"Essas são as peças principais do quebra-cabeça da atração. Um "click" inicial reflete a esperança inconsciente de que o "click" conserte os erros de sua infância e o faça pleno." P. 54

"E, da mesma maneira que você vive todas essas atividades inconscientemente, seu parceiro também vive as dele. Ele também espera que você irá curar suas feridas de infância. Ela também acredita que você a fará sentir-se completa e plenamente amada." P. 54

"Enquanto a simples atração física pode fazer um jovem coração adolescente palpitar, essa inebriante perspectiva de se sentir completo e digno é o que a maioria dos adultos chama de "estar apaixonado"." P. 54

"TORNAR-SE CONSCIENTE
(...)
Enquanto inúmeros casamentos falham devido à falta de desenvolvimento pessoal e/ou de valores adequados, outros afundam porque os parceiros não conseguem ou não querem chegar ao topo e entender o que os está guiando inconscientemente e ao seu relacionamento." P. 57 (Negrito por Daniel Brandt)

"Dividir metas e valores, respeito mútuo e admiração, boa comunicação, atração física e se divertir com a companhia um do outro pode ser quase o suficiente para um belo casamento." P. 58 (Negrito por Daniel Brandt)

"Entretanto, se você quer um "click", prepare-se para lidar com questões profundas." P. 58

Cita Harville Hendrix com o livro "Viver com mais amor" (Getting the love you want)

"Fazer de você alguém pleno não é responsabilidade de seu cônjuge - mas sim, sua. Estando ciente de suas feridas antigas e de suas necessidades emocionais antes de você se casar pode reduzir sua intensidade e você trará menos bagagem e mais compreensão para seu relacionamento. E buscará alguém com quem casar que seja, assim como você, mais pleno." P. 58 (Negrito por Daniel Brandt)


PARTE 3 - AMOR

"o que é o amor - o amor real e duradouro? O amor é o laço que resulta da profunda  apreciação da bondade do outro.
A palavra "bondade" talvez tenha surpreendido você. Afinal de contas, a maioria das histórias de amor não é feita de casais encantados com a ética do outro. ("Eu estou encantada por seus valores!", ele diz a ela, apaixonadamente. "E eu nunca encontrei um homem tão virtuoso!", ela responde.)" P. 64 (Negrito por Daniel Brandt)

Cita o livro The Good Marriage: How and Why Love Lasts de Judith Walker Stein

"a bondade é o que o move para o amor." P. 64 (negrito por Daniel Brandt)

"Se o amor vem da apreciação pela bondade, ele não precisa simplesmente acontecer - você pode fazê-lo acontecer. O amor é ativo. Você pode criá-lo. Basta focar no que há de bom na outra pessoa (e todos têm algo de bom). Se você pode fazer isso facilmente, vai amar facilmente." p. 64

"o Judaísmo idealiza um universo assim, feito de amor incondicional." p. 65

""(...)como você pode dizer que ama alguém que nunca viu?"
"Nós estamos escolhendo amá-lo", sua mãe explicou, "porque o amor é uma escolha".

"Ao focar na bondade, você pode amar praticamente qualquer pessoa." P. 65

"o melhor caminho para sentir amor é ser amoroso - o que significa compartilhar. Enquanto a maioria das pessoas acredita que o amor leva a compartilhar, a verdade (...) é exatamente o oposto: Compartilhar leva ao amor." p. 65

"O verdadeiro ato de compartilhar, como escreveu Erich Fromm, segue na direção aposta e necessita de quatro elementos. O primeiro é cuidado, uma demonstração ativa de preocupação com a vida e o crescimento do receptor. O segundo é responsabilidade, atendendo às necessidades dele ou dela, expressas ou não (particularmente, em uma relação adulta, atender às necessidades emocionais). O terceiro é respeito, “a habilidade de ver a pessoa como ele (ou ela) é, estar consciente sobre sua (dele ou dela) individualidade única”, e, consequentemente, querendo que a pessoa "cresça e se desenvolva como ele (ela) é”. Esses três componentes dependem, todos, do quarto, compreensão. Você pode ter cuidado, responsabilidade e respeito pelo outro somente quando conhecer profundamente ele ou ela." P. 64 (Negrito por Daniel Brandt)

"O efeito de um compartilhar genuíno e direcionado ao outro é profundo (...) significa investir parte de você no outro, permitindo que você ame essa pessoa como ama a si mesmo." P. 66 (Negrito por Daniel Brandt)

"Quanto mais você dá, mais você ama." P. 66

"o amor profundo e íntimo emana do conhecimento e do compartilhar, ele não surge da noite para o dia, mas sim, com o tempo - o que quase sempre significa depois do casamento. A intensidade que alguns casais sentem antes do casamento é geralmente atribuída a uma grande afeição, imbuída do sentimento de "ter algo em comum", química e antecipação. Talvez essas sejam as sementes do amor, mas elas ainda não brotaram." P. 66

"Uma relação tem seus altos e baixos", ela me disse. "Os baixos podem ser realmente baixos - e quando você está em um momento desses, você tem três opções: ir embora; ficar em um casamento sem amor ou escolher amar seu cônjuge" p. 67 (Negrito por Daniel Brandt)

"compartilhar incondicional - não apenas dizendo "eu te amo", mas mostrando isso na prática." P. 67

"Infelizmente, o ato de compartilhar nem sempre é fácil. Em uma sociedade autocentrada, egoísta, olhar para fora de si pode parecer uma virtude, ao passo que compartilhar também significa, prontamente, correr o risco de ser feito de bobo, de ser enganado. As mulheres, cuja natureza é a de compartilhar, podem ser particularmente cautelosas a respeito dessa ameaça." P. 67 (Negrito por Daniel Brandt)

"Ao final, vocês dois ainda estão em sua cabine individual, com suas próprias necessidades, mas estão felizes e recarregaram um ao outro com energia positiva. E o mais importante: deram um passo gigantesco na construção de seu amor, ao não perguntar "que vantagens há para mim nisso?", mas sim, "no que isso pode ajudar o outro?".
E já que compartilhar gera amor, também demanda uma identidade de si mesmo, integridade e consciência de suas necessidades. (E é o que previne de que o outro tire vantagem de você). O amor genuíno não emerge da anulação de si mesmo, mas sim, do desejo de compartilhar tudo o que você é com o outro." P. 68 (Negrito por Daniel Brandt)

"Um partilhar sadio inclui reciprocidade (salvo circunstâncias incomuns) e é sustentado por um sólido senso de si mesmo. Em um relacionamento saudável, em vez de se perder, você se encontra." P. 69 (Negrito por Daniel Brandt)

"A ESTRADA PARA A UNICIDADE
(...)
Como união final das almas, um bom casamento cultiva um poderoso e inigualável sentimento de pertencimento, plenitude e compleição." P. 69 (Negrito por Daniel Brandt)

"Casamento é a união espiritual de duas pessoas que querem dividir suas vidas e atingir objetivos em comum." P. 70

""Atingir objetivos em comum" (...) Eles incluem amor, crescimento espiritual e emocional, além do sentimento de unicidade com seu cônjuge." P. 70

Cita o livro "The End of Courtship" de Leon Kass

"atribui o fracasso do casamento, entre outros fatores, à falta de "aspirações transcendentes"". P. 70

"a felicidade (...) vem dos atos de fazer o que seu verdadeiro "eu" quer." P. 70 (Negrito por Daniel Brandt)

"Até o melhor relacionamento enfrenta conflitos e insatisfações, mas ambos os parceiros devem investir em resolvê-los com cuidado e cumplicidade. É lidando e trabalhando com problemas do passado que um casamento se torna belo." P. 71 (Negrito por Daniel Brandt)

"Seu cônjuge não será mais perfeito do que você é, mas como sua alma-gêmea (...), seu cônjuge será perfeito para você." P. 71 (Negrito por Daniel Brandt)

"Exatamente como o amor, um bom casamento é algo que você faz acontecer." P. 72 (Negrito por Daniel Brandt)

"Compartilhar, comunicação, respeito e desejo de crescer - esses são os alicerces para uma união sólida e feliz." P. 72 (Negrito por Daniel Brandt)

"A essência da unicidade, entretanto, é a identificação mútua." P. 73 (Negrito por Daniel Brandt)

Cita Rav Arieh Levine no livro "O pé da minha mulher nos dói" e Nechemia Coppersmith em "Bate-papo, um guia para discussões que nos façam refletir" p. 73

"Eu não estou comprometida com minha mão; eu sou minha mão, e minha mão é eu." P. 73

"Contudo, o amor e o casamento são uma jornada espiritual com destino à transformação e ao crescimento. Assim, embarque nela com sabedoria. Entretanto, a estrada pode ser, às vezes, acidentada. Mas,
se vocês sabem seu destino e estão prontos para trabalhar para chegar lá, a jornada pode ser profundamente recompensadora." P. 74

Capítulo 5 - Afirmação da Feminilidade
"Além do mais, "ajudante" não significa “servo”. Um servo obedece ordens; um ajudante tenta fazer o que é melhor para o “auxiliado“. A palavra hebraica para "se igualar a ele “ (kenegdo) significa, literalmente, “enfrentando-o". A mulher deve ficar em oposição ao homem, vendo-o de seu próprio ponto de vista e decidir como ajudá-lo algumas vezes até enfrentando-o." P. 77

"a razão da existência feminina e a essência da ajuda que ela provê continua a ser espiritual." P. 77

"Diz a Torá que a mulher foi criada da costela do homem. A costela protege órgãos vitais, enquanto se mantém invisível, para quem observa o lado externo do corpo. Esse simbolismo sugere que as mulheres são as guardiãs da espiritualidade, através da manutenção da consciência do invisível e do interno." P. 78-79

"Uma segunda expressão significante de feminilidade, fortemente ligada à tzniut, é cuidar da casa, que significa criar um ambiente carinhoso e acolhedor para si mesma. Grande parte de nossa vida transcorre em público, onde nós sempre temos de agir respeitando regras e critérios, como numa performance ou aparição. O judaísmo vê a mulher como alguém dotada das habilidades emocionais necessárias para construir um lar, um santuário particular, no qual você se reencontra consigo mesmo.

Assim como muitas ocupações atuais, os cuidados com a casa têm sido afastados de seu conteúdo espiritual. Entretanto, as consequências da falta de espiritualidade nos cuidados em construir um lar têm sido particularmente severas. Quando você desespiritualiza a Medicina ou o Direito, você ainda assim tem uma profissão interessante, regida pela inteligência e ambição. Mas quando você tira a espiritualidade do processo de manter um lar, você fica apenas com as tarefas domésticas, as quais muitos acham extraordinariamente estúpidas e chatas. Fazer um lar, entretanto, não significa, necessariamente, ser aquele que o limpa. Fazer um lar significa criar um lugar que nutre o corpo e a alma." P. 80

Cita o Rabino Nachum Braverman com o livro "The Death of Cupid: Reclaiming the Wisdom of Love, Dating, Romance and Marriage". P. 80

"E, o mais importante, o cuidado com a casa não é servidão. É carinho e bondade para com aqueles com os quais mais nos importamos." P. 81

Sobre não deixar a relação ir para disputa de poder...
"Quando eu me casei, era bem sensível a qualquer conotação de “servidão”. Uma noite, meu marido estava sentado na sala de jantar estudando, enquanto eu lia no sofá. Em determinado momento, percebi que ele olhou para cima, recostou-se e parecia um pouco hesitante e distraído. Pouco tempo depois, ele voltou ao estudo mas, em alguns minutos, estava de novo parado e hesitante. Perguntei se estava tudo bem.

“Só preciso de alguma coisa. . . como. . . cookies”, ele disse.

Eu ergui minhas sobrancelhas. “Deixe-me ver se entendi. Você não quer se levantar para buscar algo para você e gostaria que eu fosse?”

Com a mais fofa e cativante expressão que ele poderia fazer, ele confessou: “Sim”.

Eu não estava pronta para ir. “Só uma pergunta”. Sabendo que ele não era um machão (e nem bobo), eu sabia a resposta, mas queria ouvi-la. “Você quer que eu traga cookies para você porque acha que tenho a obrigação disso ou porque você quer um pouco de carinho?”

Ele não hesitou: “A segunda opção”.

“Neste caso”, eu disse, “ficarei feliz em trazer”. Eu fui para a cozinha, peguei alguns cookies e os arrumei em um prato, coloquei leite em um copo e os trouxe com o meu sorriso mais caloroso. Ele até agradeceu e voltou a estudar, mastigando feliz. Isso não é servidão. É amor (E um bom marido saberá retribuir da mesma forma para sua esposa)." P. 81

"Rebbetzin Tziporah Heller, uma famosa educadora, certa vez comentou: "Nos anos 60 e 70, as pessoas vinham para o Judaísmo à procura de espiritualidade. Hoje, elas vêm à procura de moralidade." P. 82

PARTE 4 - SER PRÁTICO

"Ao invés de soluções viáveis eles talvez se desesperem, depois do casamento, na tentativa de preservar um relacionamento que bem deveria existir." P. 95

"Você não pode desistir de quem você é pelo outro. E nem deveria querer que o outro o faça por você. O amor não é apenas amar a personalidade do outro. Como dissemos no Capítulo 4, é também apreciar as virtudes do outro - o que inclui amar seus princípios e ambições, amar seus sonhos e querer que ele (a) os realize. Se seus valores e objetivos são muito diferentes, vocês talvez até se amem, mas não estão aptos a viverem juntos." P. 95 (Negrito por Daniel Brandt)

"Qualquer um que desista de tudo por alguém se torna um ninguém e estar com um ninguém não é nada animador." P. 95 (Negrito por Daniel Brandt)

"Resumindo, o amor nem sempre conquista tudo. Para construir um futuro com alguêm, sua relação deve não somente parecer certa, mas ser certa. Esse fundamento deve ser mais do que emocional. Então, por que sair com alguém sobre quem você sabe tão pouco? Por que não, primeiramente, descobrir se seus valores e objetivos são compatíveis?" P. 96

"Você precisa ver se há conexão pessoal e atração física. Se pode haver respeito mútuo e admiração, se vocês podem rir juntos e lidar com a fraqueza de cada um. E, além disso, precisam ser honestos e realistas." P. 98

"A primeira e a última regra de um encontro religioso são: seja você mesmo. Não finja ser nada que você não é (não importa o quanto você desejaria ser) nem tente se convencer de que quer algo diferente daquilo que realmente precisa." P. 98

"Assim, seja verdadeiro consigo mesmo no encontro. Apresente-se como você é. E, ao mesmo tempo em que estiver aberto a conselhos, confie em seus instintos (os quais Ihe foram dados por D'us por alguma razão) na hora de decidir quem é a pessoa certa para você." P. 99

"Mantenha esses encontros iniciais curtos (não mais do que duas horas) e não mais frequentes do que duas vezes por semana. Conhecer alguêm novo pode liberar uma avalanche de emoções. Conduzir a situação lentamente dará tempo para que você a processe." P. 100 (Negrito por Daniel Brandt)

"Você quer ser casar com uma essência, e não com uma imagem." P. 101 (Negrito por Daniel Brandt)


"Além das evidentes diferenças benéficas, vá atrás das maiores semelhanças possíveis. Quanto mais vocês tiverem em comum, menos vocês irão discordar e a relação será mais fácil. Ter uma formação social, cultural e intelectual semelhante é especialmente importante, pois ela molda suas expectativas conjugais e sua abordagem a questões como a criação dos filhos e o estilo de vida que terão. Não se preocupe com o fato de que você estará perdendo a oportunidade de crescer superando diferenças. Só o fato de um de vocês ser homem e o outro, mulher, já é diferença suficiente. Além disso, D'us dará a vocês os desafios necessários.

Ambos devem compartilhar da mesma aspiração religiosa. Você não precisa estar no mesmo lugar que o outro, em termos religiosos, mas precisa estar se movendo para a mesma direção (como citado anteriormente, neste capítulo e nojínal do Capítulo 2)." P. 102 (Negrito por Daniel Brandt)

"Depois de algumas saídas, caso sentir que um relacionamento está se desenvolvendo, prolongue seus encontros. Entretanto, procurem se ver apenas duas ou três vezes por semana, por algumas semanas. Durante esse intervalo, falem rapidamente ao telefone. Levar isso lentamente pode ser difícil, mas vocês não querem correr o risco de uma avalanche emocional e confusão (mais comum entre as mulheres). Assim que as coisas forem ficando mais sérias, você precisa ver como se sente se ficarem mais tempo juntos, ou talvez vocês precisem de mais espaço.

E o que você faz nesses encontros expandidos? Já que o encontro é, de certa forma, artificial, faça-o mais natural e "real". Passe o tempo de vocês juntos em lugares diferentes, fazendo coisas diferentes e na companhia de pessoas diferentes. Inclua algumas atividades informais e divertidas, que possam encorajar ambos a relaxar e serem vocês mesmos." P. 103

"Essa sequência de encontros mais longos também são o lugar e o momento para discutir, em detalhes, valores, crenças e objetivos.Você sabe que as peças maiores do quebra-cabeça já se encaixam -agora, chegou a hora de ver se as menores também.

Saiba mais sobre as experiências do outro, sua vida em família, suas ocupações, traga esses tópicos à tona durante a conversa, mas sem que pareça um interrogatório. Como foi sua educação? Que trabalhos ela já teve? Que tipo de amizades e, caso seja relevante, que tipo de romances (sem detalhes) ele já teve? Fazer esses tipos de perguntas talvez seja um tanto desconfortável, algumas vezes, mas é algo sensato, se você está levando as coisas a sério. Se parecer inapropriado, você deve fazer com que esse encontro não dure muito." P. 105

"Uma vez que vocês sintam “que talvez tenham encontrado a pessoa certa” (ou, preferencialmente até antes disso), assegurem-se de encontrar e passar um tempo com os pais um do outro. (Sei que, caso isso necessite que se faça uma viagem, talvez custe caro, mas é melhor assim). Nós absorvemos o comportamento que temos, tanto positivo quanto negativo, daqueles com os quais crescemos. Assim, a menos que tenhamos trabalhado duro para mudar isso, nós nos tornamos notavelmente parecidos com nossos pais. (Após uma visita à mãe de sua futura esposa, um dos amigos do meu marido disse a ela, brincando,“Eu perdoo você”). Essas semelhanças serão especialmente importantes, uma vez que nós casemos e tenhamos nossos filhos. Então, perceba: Como os pais dele se relacionam entre si, com ele e com os irmãos dele? Como a família interage? E mesmo que as coisas tenham mudado desde a infância dele (a), a dinâmica básica (sensibilidade, comunicação, expressão de afeto ou as apostas), provavelmente, é a mesma e, sem dúvida, vai lançar luz sobre o tipo de cônjuge (e pai ou mãe) que ele ou ela será.
(...)
Tanto quanto possível, dê um passo atrás em seu relacionamento e faça uma “verificação da realidade”. Entre outras coisas, tenha certeza de que você está ciente de, ao menos, algumas falhas da outra pessoa. Ninguém, não importa o quão maravilhoso seja, é perfeito. Se você pensa de outra maneira, talvez esteja idealizando - continue a sair
até que sua pintura seja mais realista. Por outro lado, seu parceiro (a) talvez tenha medo de revelar seu verdadeiro eu. Nesse caso, você deve descobrir por quê. Se você desconfiar de algum indício de distúrbios físicos ou mentais, investigue-os. Se você não descobrir nada, mas alguma coisa pareça “errada”, siga suas intuições." P. 106-107

"Qualquer que seja a dúvida, procure se aconselhar com alguém, mas siga seus próprios instintos." P. 107 (Negrito por Daniel Brandt)

Cita o livro "Chafetz Chaim: Uma Lição a Cada Dia" do Rabino Shimon Finkelman e Rabino Yitzchak Berkowitz

"Pesquisar sobre um parceiro em potencial não é uma ideia antiquada. É uma obrigação." P. 108 (Negrito por Daniel Brandt)

""Melhor" um relacionamento e até um noivado que não deu certo do que um divórcio." P. 108 (Negrito por Daniel Brandt)

"Você deve, além disso tudo, descobrir mais sobre você mesmo - e isso significa longos encontros consigo. Eu não posso lhe dizer quanto tempo, porque o importante não é a quantidade, mas a qualidade do tempo que vocês passam juntos. Você estará pronto (a) para se fazer a pergunta não somente após algum número mágico de semanas, meses ou encontros, mas quando você tiver descoberto o necessário sobre a outra pessoa. Talvez você sinta que já sabe tudo o que precisa sobre o outro muito cedo, mas continue a sair até que você realmente o saiba." P. 109

"Uma amiga minha tem a melhor resposta: “Você não sabe”, ela diz, “Em algum lugar lá fora há um homem que formaria um par melhor comigo do que o meu marido. Provavelmente há muitos deles. E eles devem estar tão felizes com suas almas-gêmeas como eu estou com a minha”. D’us traz uma determinada pessoa e não outras em sua vida por motivos que só Ele sabe. Se você escolhe sabiamente, ele (a) se torna sua alma-gêmea." P. 110

Capítulo 7: Fique Longe de Abuso

  1. Ele é muito controlador e possessivo
"As pessoas normais com as quais você sair vão querer passar um tempo com você, mas não vão exigir isso. Apesar do interesse em sua vida, elas vão respeitar sua privacidade. Se você não estiver certa sobre a relação, elas talvez tentem balançar você, mas sem muita pressão. Elas saberão onde elas terminam e onde você começa e vão reconhecê-la como uma pessoa em seus próprios direitos." P. 113

2.Ele tem uma personalidade de Jekyl/Hide (dupla)
"As pessoas normais com as quais você sair serão boas e verdadeiras. Talvez, ocasionalmente, elas se comportem mal, mas reconhecerão isso. Seus humores vão combinar dentro de uma personalidade agradável e consistente." P. 114

3.Ele é sedento por poder e manipulador
"As pessoas normais com as quais você sair estarão interessadas em quem você é, não o que você tem ou o que pode fazer por elas, e eles não vão querer "comandar" você." P. 114

4.Ele não se solidariza
"As pessoas normais com as quais você sair talvez, algumas vezes, não tenham sensibilidade, mas sentirão por outros, tratando-os como eles as tratam. Se elas ferirem seus sentimentos, você sentirá que isso aconteceu por ignorância, não por mesquinhez, e elas estarão arrependidas de verdade." P. 115

5.Ele desafia os limites

6.Ele é compulsivo e faz exigências fora da realidade

"As pessoas normais com as quais você sair podem ser críticas, mas vão tolerar imperfeições, incluindo as suas. Elas vão gostar de sua aparência, mas vão focar em seus aspectos mais profundos." P. 116

7.Ele é arrogante, autocentrado e intolerante
"No entanto, você vai ver a humildade delas em atitudes como: Irão procurar por indivíduos mais sábios para buscar ajuda e considerarão as opiniões dos outros. Elas irão respeitar seus pais. Podem até ridicularizar a crença e o estilo de vida dos outros, mas não irão ridicularizar outro ser humano. Geralmente, serão abertas, e não fechadas aos outros." P. 117

8.Ele exterioriza os problemas
"As pessoas normais com as quais você sair podem até ser defensivas, mas eventualmente, elas vão olhar para si mesmas honestamente, admitir que estavam erradas e assumir a responsabilidade por suas ações." P. 117

9.Ele é paranóico
"As pessoas normais com as quais você sair, talvez, vez ou outra, pensem que alguém tem algo contra elas, mas vão colocar um ponto final nas preocupações injustificadas e, geralmente, avaliar a realidade com mais precisão." P. 118

10.Ele mente, engana, minimiza e nega
"As pessoas normais com as quais você sair podem até se desculpar por determinado comportamento do qual elas mesmas se envergonham, mas, em sua essência, são honestas." P. 118

11.Ele não sabe lidar com a raiva, frustração ou estresse
"As pessoas normais as quais você sair serão impacientes dentro dos limites normais e perderão seu controle apenas ocasional e moderadamente, se tanto. O estresse não as oprime." P. 118

12.Ele é fisicamente e/ou verbalmente agressivo
"As pessoas normais com as quais você sair podem se tornar briguentas ao serem provocadas por outros, mas não sempre. Elas vão jogar por diversão, não por violência." P. 119

13.Ele é autodepreciativo e sempre tende à depressão
"As pessoas normais com as quais você sair terão uma autoestima saudável. Até um grande revés não é capaz de abalá-las e elas vão se recuperar em um período de tempo razoável." P. 119

14.Ele tem um histórico de violência, mesmo quando canalizada corretamente
"As pessoas normais com as quais você sair não serão violentas. Se seu trabalho, ocasionalmente, implicar brutalidade (como certos tipos de policiais, seguranças etc.), elas vão relatar isso como uma infeliz necessidade, não com um prazer." P. 120

15.Ele tem um histórico de abuso de substâncias ilícitas
"As pessoas normais com as quais você sair podem, ocasionalmente, ter se envolvido com álcool ou drogas, mas devem ter superado isso e, agora, bebem com moderação. Qualquer vício deve ter um suporte para superação (por exemplo, uma bem-sucedida participação nos Alcoólicos Anônimos)." P. 120

16.Ele testemunhou ou sofreu abuso por parte dos pais, privação ou negligência
"As pessoas normais com as quais você sair virão, ao menos, de lares não disfuncionais. Se não, elas terão de procurar uma terapia e estarão prontas a discutir seu passado e como trabalharam para lidar com seus problemas." P. 121

"Há ao menos três maneiras de testar se o comportamento dos pretendentes, descritos anteriormente, referem-se só a arroubos de paixão ou são indícios do desejo de controle. Uma delas é simplesmente observar como ele reage quando você não concorda com ele. Quando você diz a ele, “Eu não quero deixar o meu celular ligado a noite inteira”, ele briga ou respeita sua privacidade? Quando você diz, “Se você não gosta dessa roupa, eu não vou usá-la em nossos encontros”, ele exige que você pare de usá-la em qualquer ocasião, ou respeita seu desejo de escolher seu guarda-roupa? Quando você diz a ele, “Eu vou passar esse Shabat com minhas amigas”, ele fica chateado ou respeita seu direito à sua própria vida social? Quando você diz a ele, “Eu não estou pronta para decidir sobre casamento", ele passa a pressionar você, ou respeita sua necessidade de ter seu tempo? Como você deve ter notado, a chave para a resposta "correta" é respeito - por sua independência e por seus limites.
(...)
Talvez, o melhor termômetro do comportamento dele seja sua própria maneira de responder. Você evita discussões porque “não vale a pena” ou pode discordar dele quando necessário? Você sempre cede para que não haja briga ou você pode expressar seus próprios desejos? Quando ele está furioso, faz seu estômago virar com ansiedade ou você pode se manter erguida sozinha? Olhar não apenas para ele, mas também para você, é um indicador poderoso da saúde de sua relação.
(...)
crie - oportunidades para ver como ela age quando está chateada, desapontada, furiosa ou frustrada. Passe um tempo junto: ele, você, sua família e seus amigos e pergunte a ele impressões a respeito do rapaz. (Qualquer recusa da parte dele em passar um tempo com essas pessoas é motivo de preocupação)." P. 122 (Negrito por Daniel Brandt)

"O que ex-patrões, professores, colegas de quarto e outros dizem sobre ele? Relutar em oferecer referências pode, imediatamente, pressionar o botão de alerta." P. 123 (Negrito por Daniel Brandt)


"VERIFICANDO-SE
A resposta é, geralmente, algo em sua história pessoal. Por exemplo, se você foi muito criticado ou emocionalmente privado, pode ter ficado com a autoestima baixa e carente de amor. Pense profundamente sobre sua infância. Seus pais o aceitavam do jeito que você era, ou somente quando você satisfazia as necessidades e expectativas deles? Observe seus padrões atualmente. Você entra de cabeça em uma relação? Você cancela planos com uma amiga sempre que um pretendente aparece? Sua autoestima depende da aprovação dos outros? Você substitui proximidade física por intimidade emocional? Se sim, você está mais propensa, não apenas a atrair alguém que a maltrate, mas a perder o autorrespeito para identificar o que está acontecendo. Você vai acreditar mais facilmente nos argumentos dele de que você causa seu mau comportamento. E você estará mais pronta para consentir no casamento prematuramente." P. 124

PARTE 5: ESTAR INFORMADO
"O casamento judaico é um relacionamento espiritual, duas pessoas se comprometem por toda a vida a crescerem juntas e desenvolverem um amor profundo e duradouro." P. 127

"divórcio judaico exige um consenso." P. 135 (Negrito por Daniel Brandt)

"Além do mais, se a esposa desafia o beit din e se recusa a aceitar o divórcio, seu marido pode tentar conseguir o que é chamado de um heter meah rabbanim, "permissão de cem rabinos". Embora só seja concedido em certos casos, ele permite que o marido deixe de cumprir o decreto de mais de 1 mil anos, que baniu o casamento com mais de uma mulher - o que é permitido pelaTorá - e se case com outra pessoa. Uma mulher cujo marido nega o divórcio não tem essa opção.”

“Os Rabinos não podem fazer nada para ajudá-la?”, Sarah queria saber.

“Eles podem tentar”, respondeu Rav Friedman. “Eles podem publicar avisos alertando as pessoas para impedir a entrada deste homem em toda sinagoga, boicotar seus negócios e outros meios de mantê-lo no ostracismo em outras palavras, eles podem fazer a vida dele tão difícil, que ele pode acabar cedendo. Em Israel, o governo pode cortá-lo de diversos benefícios e direitos e até prendê-lo. Nas comunidades chassídicas, o rebe pode enviar vários de seus companheiros, a fim de ‘persuadi-lo não verbalmente’ a dar o divórcio. Outras comunidades criaram suas próprias e criativas soluções. Mas se nada funciona, a esposa está amarrada a ele. E, além do sofrimento dela, é um terrível chilul Hashem (profanação do nome de Hashem), já que é como se o judaísmo não levasse a mulher em consideração”." P. 135-136

"O Judaísmo ensina que o mundo mantém sobre três pilares: o estudo da Torá, a reza e os atos de bondade." P. 141

"Não importa o quanto você ganhe, se quiser experimentar viver com outra pessoa, considere a hipótese de dividir a casa com um (a) colega. Aprender a dividir o espaço, responsabilidades e ignorar algumas diferenças está entre as melhores maneiras de se preparar para a vida de casado.

(...)

De tudo o que eu mencionei, chessed deve estar no topo da lista. Dê aos outros. Use seus talentos e habilidades para enriquecer não apenas sua própria vida, mas a vida de outras pessoas. Você verá o quanto verdadeiramente abençoado você é, e a felicidade verdadeira que resulta de se dedicar a projetos dignos, quer seja uma causa nacional ou às necessidades de seu vizinho. E, ao mesmo tempo, desenvolverá
a qualidade mais significante para uma relação longa e cheia de amor." P. 142

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